quarta-feira, 25 de abril de 2007

1º Almoço da C.Caç 1678 na Sertã


No dia 24 de Setembro de 2006,realizou-se na bonita Vila da Sertã o primeiro almoço da C.Caç 1678,compareceram os veteranos que estão na foto acompanhados de familiares e amigos.
Foi um convivio agradavél e foi um desfilar de recordaçôes e vimos alguns amigos que há mais
de 39 anos não sabiamos nada deles, entre os quais destaco o Octávio Fernandes (conhecido por Caldas) que era mecanico auto, e tinha sido ferido grave com uma rajada(na barriga) na emboscada de 23 de Set 67 no Rio Lifune,foi na data evacuado para Luanda e depois para Portugal.Foi muito bom.

4ª Grupo de Combate

Os Graduados : Alf Pereira, Furrieis Mota-Cruz-Isidoro

Em Quicabo (Sede do Batalhão) junto a uma làpide com 10 nomes de militares

do Bat. Caç 325 (nos anos 62/63 ?) perderam a vida em combate,naquela região.

4ª Grupo de Combate

Voltaram todos
Fernandes-Malaquias-Figueredo-Isidoro(Furriel)-Pereira(Alferes)-Pinto-Serrano-Correia-Damaso-Carolino
Monteiro(1ºCabo)-Amadeu(1ºCabo)-Silvério-Saraiva-Cruz(Furriel)-Albuquerque-Rocha-Lourenço-Dias
Vicente(1ºCabo)-Gradim(1ºCabo)-Cavelho-Godinho-Mota(Furriel)-Pina-Calçada-Henriques-Santos

Aquartelamento de Balacende



Foi nestas "belas instalações" que a C.Caç "viveu" de 02Jun67 a 09Maio67,população civil não

havia,àgua potavél tambèm não,enfim nada de mordomias ,também não estavamos ali para

férias.Luanda ficava a cerca de 95 Klm, Quicabo (Sede do Batalhão Caç 1910)a 15 Klm e Nambuangongo a 40 Klm.

terça-feira, 24 de abril de 2007

FBP Pistola Metralhadora




Especificações: Munição9 mm Parabellum

Dimensões Comprimento, coronha extendida: 813 mm Comprimento, coronha recolhida: 625 mm Peso (vazia): 3.77 KgCano: 250 mmEstrias: 6 Capacidade do Carregador: 32 munições Ritmo de Disparo: 500 disparos por minuto

Produção: 1948 - 55 , fabricada em Portugal na Fabrica de Braço Prata


Julgo ser a ùnica arma de fabrico português qu "fez" a guerra do Ultramar

Um dia nos Quijimos

Ainda hoje estou para saber que "raio" de estágio foi aquele,antes de nos apresentarmos-nos
na C.Caç 1678, mandaram-nos para Balacende C.Cav 1536,aonde estivemos de 2 a 23 Maio/67
Cruz,Isidoro,Gomes, e Martins como 1ºs Cabos Milº.
No dia 17 Maio fomos com os "velhos" da C.Cav 1536(4 grupos de combate) numa operação de um dia aos Quijimos,
quando nos estavamos aproximar do objectivo, há 2 tiros do inimigo,todos para o chão, e segue-se um tiroteio de cerca de 20 minutos,depois de tudo calmo,regressamos a Balacende, sem
qualquer baixa, e assim foi o nosso "baptismo" de fogo.
Já no aquartelamento quando nos dirigiamos para os balnearios para um banho retemperador
o Isidoro (hoje meu compadre) vira-se para mim e pergunta:João de quem foi aquele festival
de tantos tiros?Respondi: meu não foi,nem do pessoal na minha area de visão ninguém deu um tiro,responde ele na minha igualmente,mas que foram cerca de 20 minutos de tiroteio lá isso foram.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Promoção


O dia da nossa promoção a Furrieis Milicianos no Regimento de Infantaria de Luanda,nesse mesmo dia,apresentarmos-nos no Campo Militar do Grafanil,no B.Caç 1910, na C.Caç 1678.
Gomes---------2º Grupo de Combate
Martins--------3º Grupo de Combate
Cruz e Isidoro-4º Grupo de Combate
O Gomes viria a falecer em combate no dia 23 de Setembro de 1967 na emboscada no Rio Lifune

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O Jovem Silvério



Quando o 4º Grupo esteve em Canacassala na protecção à Junta Estradas de Angola,passou-se
este episódio delicioso :
Estava o Silvério,o 1º Cabo Amadeu e julgo que o Alburqueque de guarda à noite num determinado posto,na segurança ao acampamento.
O Fur.Cruz vai efectuar a ronda e o Silvério estava
a dormir(era ele que pertencia estar bem acordado e de vigia) tira-lhe a arma,leva-a à tenda aonde estava
o alferes Pereira (comandante do grupo) e volta imediatamente ao posto e acorda o pessoal,aì o Silvèrio fica em pânico e o cabo Amadeu muito "bravo" porque a arma era a dele (dado a mesma ser
de cano reforçado-FN) e começou logo a dizer que "matava" o pobre do Silvério por ter deixado roubar a arma.O Fur.Cruz diz ao Silvério para de manhã se apresentar ao alf Pereira, e chama o Amadeu até à
tenda,e diz-lhe que a arma estava "bem" e entrega-lhe a dele (Cruz) e para voltar para o posto e nada dizer ao Silvério.
De manhã o mesmo apresenta-se ao alf Pereira e diz: meu alferes uma arma è muita cara?
aí o alf diz porquê? È que eu tenho umas fazendas na terra e mandava vender para pagar a arma,perante esta resposta o Cruz e o Pereira tiveram que se rir com a santa ingenuidade do
Silvèrio," levou" meia dúzia de reforços (sentinelas) e o assunto morreu por ali.
Se o facto fosse participado oficialmente o Silvério ia mesmo a Tribunal Militar.

Equipamento


Espingarda Automática FN
2 Granadas Defensivas
Cartucheiras com os respectivos carregadores
O Capacete foi só para a foto
O Rádio só com banda AM era para ouvir a Emissora Nacional
nos relatos de futebol do "meu" Sporting.
Um dia que estava de serviço de protecção à viatura da àgua

domingo, 15 de abril de 2007

Recuperação do Corpo do Piloto do T6



Nos finais de Setembro/67 a cerca de 10 Klm(?) de Balacende despenhou-se um T6 e foram dadas ordens para se ir "recuperar" o corpo do malogrado piloto.Saiu do aquartelamento um grup0
de combate para a dita missão,que no meio do percurso foi apoiado por um helicóptero que transportou o referido grupo até a um local perto aonde estavam os destroços do T6

Ao chegarem, estavam partes do avião numa area razoavél,aí o Soldado Godinho (era o mais velho do grupo com cerca de 26 anos) com determinação foi "apanhar" os bocados carbonizados do corpo do piloto e "embrulhou" num lençol,ali todos tinham coragem mais ao verem aquele "cenário"ficaram todos como tivessem levado um murro no estomago,mas estava lá o "velho" Godinho".A partir dessa data os T6 quando sobrevoavam o nosso aquartelamento abanavam
as asas em sinal de cumprimento e agradecimento pelo nosso "trabalho"









Efectivos Militares

Em Angola, os efectivos militares contavam, no início de 1961, com 5000 mililitares africanos e 1500 metropolitanos, organizados em dois Regimentos de Infantaria — um em Luanda e outro em Nova Lisboa — cada um com dois batalhões de instrução e outro de atiradores e um grupo de Cavalaria, sediado em Silva Porto. A densidade média era, portanto, de um soldado para cada 30 km2. Imediatamente disponíveis para acorrer à zona afectada estavam apenas mil soldados europeus e 1200 africanos.

História


Em Angola, a sublevação da ZSN foi efectuada pela União das Populações de Angola (UPA) que passou a designar-se como Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) em 1962. A 4 de Fevereiro de 1961, o Movimento Popular de Libertação (MPLA)de Angola "reivindicou" o ataque à cadeia de Luanda, onde foram mortos sete polícias. A 15 de Março de 1961, a UPA, num ataque tribal, deu origem a um massacre de populações brancas e trabalhadores negros naturais de outras regiões de Angola. Esta região seria reocupada mediante operações militares de grande envergadura que, porém, não conseguiram conter o alastramento das acções de guerrilha a outras regiões de Angola, como Cabinda, o Leste, o Sudeste e planalto central. Ao MPLA, que desempenhou um papel fundamental, há a acrescentar, a partir de 1966, a acção da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).
Obs. Ver comentário postado o qual têm outra versão da história a qual respeito.

Guerra Colonial ou Guerra do Ultramar

Designa-se por Guerra Colonial, ou Guerra do Ultramar, o período de confrontos entre as Forças Armadas Portuguesas e as forças organizadas pelos movimentos de libertação das antigas Províncias Ultramarinas de Angola, Guiné e Moçambique, entre 1961 e 1974
A expressão guerra colonial está tecnicamente incorrecta. Já que os territórios ultramarinos portugueses tinham o estatuto de províncias e não de colónias. Igualmente, dado que as operações militares eram consideradas pelas autoridades portugueses como de segurança interna, o termo guerra também não seria aplicável. Por estas razões o termo geralmente utilizado nos meios militares portugueses é o de Campanhas Ultramarinas.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Canacassala

Operação Via Lactea 35 dias:_Saída de Balacende a 17 Julho de 1967 regresso a 20 de Agosto 1967 proteccão à Junta Autonoma das Estradas de Angola na abertura da picada/estrada entre:Fazenda Beira Baixa e Nambuangongo.Fizeram parte desta operação os 4 grupos de combate da C.Caç 1678 : não tivemos qualquer ataque ou baixa

Fazenda Beira Baixa


Era até esta Fazenda que normalmente a C.Caç 1678 com dois Grupos de Combate escoltava o
MVL e que depois seguia para Nambuangongo
Escoltado por Grupos da Companhia aquartelada
Neste local.
Uma vez por outra também se fazia a escolta até
Nambuangongo,aonde estava também sediado o
Comando operacional do sector.

Vila do Caxito--Churrasco


Quando nos deslocavamos à vila do Caxito,para a partir daí fazer a escolta ao MVL,até Balacende ouFazenda Beira Baixa,normalmente a hora de almoço era nessa vila,como tal a ração de combate tinha "dispensa" e o pessoal ia até aos bares e "atacava" o churrasco com todos os condimentos.Um dia os quatro graduados do 4º Grupo de combate, furrieis Cruz-Isidoro-Mota e Alf Pereira foram à procura do "velho amigo" frango,quando chega o empregado para nos atender,diz o Mota eu gosto é das "coxas" e o Isidoro eu também, o Cruz olha para o alf Pereira que nada diz,e vira-se para o empregado e diz 4 frangos de churrasco,os outros nada comentaram,e assim todos comeram "coxas"....